sexta-feira, 9 de maio de 2008

Caligrafia

Quando há duas pessoas conversando, uma ouve a outra fala (r).
Depois troca.
A outra ouve e uma fala...ops!
Tem sim, gente que fala demais mesmo. Mas deve ser porque sempre há uma ou outra que ouve melhor.
Casos, contos, contas a pagar, tudo quer ser dito, mesmo que por escrito.
Ouve aí o que vou contar:

Numa nuvem branca no fundo azul morava uma asinha de anjo com o próprio anjo ainda grudado nela. O anjo dormia muito porque era tão macia a nuvem branca...como a asinha era também dessas muito macias ficava entediada de tanta mesma coisa, por isso criou vida própria e não via a hora de se desgrudar do anjinho dorminhoco. Não estava ela realizando sua função de asa, poxa! com um sono operante.
Quando tem chuva, efeitos magnéticos ocorrem na nuvem e ela muda de cor e fica úmida. O anjo sempre acorda assustado "Chuva?!"
A asinha planejou, cantaria música de nuvem branca macia para o anjo continuar dormindo com a chuva.
Mas por que?
Ora, efeitos magnéticos produzem poderes de ligação e cancelamento de fases. Então, poderia cancelar a ligação dela com o anjo do sono.
Cantou.
Dormiu.
Kabrum!!!
E desde então o sono parece aconchegante quando chove, como se tivesse alguém embalando na canção. E quando vem o sol bem quentinho dá vontade de voar por aí. Mas a asinha já foi, sozinha, cansou de esperar.
E as vezes fazemos assim com os ombros (...) sentindo falta, sem lembrar do que...

Contar história por contar história. Se há outros motivos pra fazer mesmo isso deve ser menos refrescante. :P