quarta-feira, 17 de outubro de 2007

De outra maneira

Máscaras que fazem parte do palco
Cor da camisa que é amarela pra ficar mais inteligente
X, Y das listras horizontais que parecem aumentar o diâmetro
Dia a dia, metrô
Barulho, conversa pouco
Barulho, pensa muito
Silêncio nos olhos que fogem de brilhos conhecidos
Tempos idos
Preguiça
"Tive muita preguiça" "Três ave-maria"
Ia voltar, mas não está mais disposta
Aposta nas máscaras convincentes, necessárias
Nesse que está atrás é que me proponho
Ponho os sentidos em alerta e fica fácil
Difícil é voltar a vê-la
De longe nem se percebe
"Cê bebeu?"
Não...não entende o que digo
Código diferente
Sente que a essência é a mesma
Esmo
Sente-se que a urgência não é eterna
Efêmera
Mero jogo de palavras
Não fossem os sentidos
Bastava serem lidas

Desterritorizando

É difícil ficar nesse novo lugar, não porquê o antigo era fácil, mas porque existia de certa forma, seguro. Esse que ainda não tá pronto, não porquê não é ainda, mas porque ainda não o conheço, parece rascunho. Posso ainda escolher ficar no que já passou, e esse é um medo. Medo, logo, desejo. Mas sei que o que está sob meus pés e não tem nome pra mim agora é mais estimulante e inteligente, me possibilita uma liberdade consciente.
Também é difícil explicar o que seja isso, até para os que aqui estão, mas isso é outra história, linguagens próprias pouco compatíveis. E tradutores nesse caso não ajudariam quase nada, e quase nada é menos que muito pouco, ou seja, não...não.
Aprendi...não, percebi...não, me lembrei hoje de que não posso mais esquecer que o momento finito do agora é tudo o que tenho pra existir. É nesse instante-já (como diz Clarice) que deve aplaudir minha vida e não quando a cortina de veludo pesada pesar. A sensação ruim de que "quando eu conseguir fazer" precisa ser desterritorizada e não eu. Eu devo ficar no meu território "vida que acontece", pensando, agindo, concluindo. Sem culpa de saber menos do que desejo, isso é motivo de punição? Do que serve a punição se já sei o que devo fazer. Sou um ser de paz, amor e felicidade, essa é minha origem.
Om Shanti.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Transição

Na rua que atravessa meu caminho, pode-se prever uma nova saída. Ou entrada. Já que essa história de tensão e repouso é coisa dos passados todos. A contemporaneidade pede alerta contínuo, pede dissonâncias propositais nos tempos fortes, criando a ilusão esta que descrevi.
Diz-se que temos a necessidade do novo e do que já é conhecido sem sequência que pareça lógica, mas existe a sequência, diz-se. Seriam os mesmos que disseram que a historinha do arsis e thesis não mais é usado? Equívocos brilhantes. Tudo parece tender a algo que já foi original um dia, nada se cria, nada se cria?
Ta certo então...gosto mesmo é do que é passível de conhecer e transformar.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Mas porrrr queee?

Por que publicar idéias escritas na Rede?
Seria a mesma função que tem o "coda" do Pavão?
Será o misto de querer estar só com platéia?
É algo que prentendo descobrir
Conversar faz bem pra saúde.
Comecei então