que sol não há
sopra um vento vão
entre as cortinas
que querem desbotar
Há muita cor com fosco triste
esperando uma luz que agora não existe
mas voltará
Pra fazer do dia
um lugar
pra devolver o brilho
de quem olhar
um jasmim
e o seu perfume forma revelar
contornos, contorna
a noite e amanhece
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Já não sinto frio
e meus pés podem tocar
o rio sozinho que a
chuva veio derramar
Imensidão
de olhos vivos
procurando um
motivo para iluminar
e vão achar
Pois quem caminha
percorre o solo
e mesmo só
quer dividir suas pegadas
que vão deixar na estrada
para quem chegar
e arco-íris depois da chuva.