sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pouca chuva

Ando descrente de tudo um pouco
principalmente do próprio ser ou não ser eu
parece que me foi tirado um código e por não mais existir agora não sei qual é, mas sinto falta
[uma vez vi uma apresentação de hipnose, onde o hipnotizado foi sugerido a esquecer um determinado número, o 6 eu acho, assim ele não mais tinha o registro desse número. Pra provar o que aconteceu o hipnotizador fez perguntas que necessitavam do número 6 na resposta. A cobaia parecia não sentir falta de nada, mas em alguns momentos não tinha resposta para as perguntas]
é nesse sentido que parece que me falta algo, parece que as coisas estão soltas no ar prestes a se desintegrar ou se agrupar de outra forma, será que fui abduzida e os seres de fora da Terra fizeram isso comigo? será que foi a tv, não...não recebo doses suficientes pra isso, será?
To lendo um senhor que disse que precisamos organizar nossas emoções e ter controle sobre elas, e melhor ainda, criar elas próprias. Que precisamos agir e não apenas reagir. Estarmos consciente ao aproveitar o dia...
Meu sorriso parece pesado, meu choro parece eminente a não brotar, mas existe um nó na garganta que incrivelmente agora meu deu forças e uma pequenina vontade em botão...e eu me sinto ridícula por estar no meu momento, descrente ao pó, ainda ver a esperança acenando...
Onde está meu colo?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Substância

No fim do dia o casaco antes pesado na bolsa agora me aquece na garoa fina
uma música que parece abraço pode ser ouvida do mesmo lugar que antes não podia
uma sensação de futuro e presente na mesma linha com o devido passado onde deve estar
me sinto pousar depois de longo vôo com as asas aquecidas, encasacadas
a garoa me anima
o abraço me dá saudade
o futuro, esperança
as asas me levam pra casa,
de onde e para onde quero voltar.