sábado, 24 de novembro de 2007

O seu bom melhor

Minha canção, ta na tua hora de aumentar o volume
de deixar velhos costumes de comunicar, "músicaaaa e cafeziiinhoooo"
Confiar nos pés descalços que sentem com a verdade da experiência o que o solo quer desenhar na minha vida.
Acreditar.
Encher as paredes das pessoas, que ouvem e lêem, de contornos indefinidos, de regresso antes do ido, até de rimar.
Sim, gosto de por quês, mas se não o porquê vier (nada a declarar), tudo bem, tudo em paz. "Camarada viva a vida mais leve, não deixe que ela escorregue" e viva! a vida também.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Foi assim

Querido diário,
hoje brinquei com crianças e ganhei beijos
falei das minhas profundezas e fui entendida
tomei suco de cacau e não tem gosto de chocolate
falei com um falecido e não senti borboletas de medo de mortos
pedi desculpas e foram aceitas
tive uma crise de riso (pequena) e talvez pensem que sou lesada, mas louco é quem me diz...
Eu sou feliz!
Ouço música e é boa.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Aborto de idéias

Não plantar uma flor pela certeza de que sua existência é curta, pode ser uma possibilidade de escolha de certos jardineiros. Se fosse julgá-lo, lembraria que também posso já ter feito essa opção, nem por isso me julgo corajosa.
Mas as vezes me vejo dizendo por aí, que a vida é o tempo que acontece no hoje, então a flor de existência efêmera é que é vida. Seria justo imaginar que só as grandes árvores, com raízes profundas merecem ser plantadas porque estas sim viveriam longos anos? E o que dizer então de uma música, que só existe no momento do som? Paro por aqui, porque o termo "justiça" é de origem moral e delimitante demais pra pouca objetividade que tenho.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Costume talvez

Parece-me que tem sempre um silêncio esperando a palavra, o ouvido esperando...a boca calada. As vezes parece-me que o tempo ficou no limbo quando o pensamento não foi traduzido, incomoda, instiga, conduz ao erro de pedir por favor. Erro, porque também há o tempo de embebedar cavalos, quando o silêncio sim conforta, mas precisa ser um sem palavras macio e quentinho.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Pensadeira

Queria hoje um coração cachaceiro, desses embriagados
que não tem pressa de chegar em casa, nem medo de não saber cantar direito
Coisas simples hoje
Grama com pés pra cima
Sorriso surdo encostado num abraço
Mãos conversadeiras, suspiros, superfície
Hoje sim eu menos apenas mim, um pouco de com você
Dia de não tomar decisões
Porque to enxergando no escuro ou no cor-de-rosa
Mesmo assim...
Rede...
Canta pra mim?

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Descrição brusco-fusco de Trim tae undo om Ze

noite sinistra...
não tínhamos fantasias, ninguem nos reconheceu
teve o medo da chuva que ficaria mais cara na hora, mas não caiu
centímetros mentirosos sob nossos pés, vê-se uma ex-janela decepcionada pela sua nova
condição de parede, pulamos metros então
gêneros separados
guarda-chuva não entra
-"não vou encontrar uma carteira de cigarro aí?!!???" Não???
não vi os cigarros, nem aquele que fuma, estava com outra tribo, melhor(?) assim evita-se
um elo perigoso
outros sem fantasias, alguns de máscaras, sorrisos familiares, música então.
Faltou-me verticalidade,
horizonte de cabeças impediram-me de ver o som,
ouvidos pra que te quero?
silêncio
contaminação com fluído fosforecente, medo da morte
barulho de ir pra casa, mas era a hora do limbo
horas de vácuo...
o trem não passou, tangos e tragédias, passou depois e não parou,
cara de tacho
Uma carroagem miragem, levou-nos, dissolveu-se logo, caminhada noturna de volta pro início
Que brincadeira toda é essa hein? só pode ser, porque teve choro de riso...
À vista os cavalheiros, que não enfrentaram as horas vagas, chegaram na partida e nos
trouxeram de volta ao mundo dos sons, minutos antes da abóbora que estava sendo evitada
assumir sua forma
mais uma carroagem
meninas cansadas com sensações de irresolvemento dormem então.