sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Distraída mas sem perder o bonde



Estava eu vagando pelos pensamentos inúteis, comecei a tentar inventar uma palavrinha bem pequena...pra ter certeza de que vai ter um significa bem único...
mas que ilusão eu estaria criando?
Da onde "pequena" = "uma coisa só"?

Exemplo de uma que já existe (e existe bem na infância e muito até agora):
nuvem (palavra pequena)
pode significar tanta coisa, até chuva (quando estamos com preguiça de pensar)
hoje até significou uma pomba que foi fechando os olhos e dormiu no travesseiro que também era branco...
depois ainda significou uma caverna escura com árvores claras na frente e daí o ônibus chegou e eu fui...
outro dia, antes do ôbnius chegar, ela começou a significar um monte de cabeças de bonecas gordinhas, eu fui ficando com medo, que parei de significar por uns dias...
É por isso que não devemos perguntar aos significadores o que eles queriam dizer com aquelas imagens-palavras...ora, porque a resposta é uma só nuvem: o que foi imaginado e dito. E depois até risto. Risto, acho que inventei uma.

Ta bom...já vou dormir

domingo, 9 de dezembro de 2007

Quando pego uma palavra e transformo em várias outras

Havia uma cerca de metal entre a Maria e o Juvenal
Não chovia ninguém dormia
Só, o gato no telhado
Com o cerco fechado, ambos isolados, não tão iguais assim...
A, B, fazer o que?
Gato mia, ouve Maria
Sim no telhado, o Juvenal parado...
Maria queria como nos outros dias
Perceber sim que a cerca aos poucos caía
Juvenal cansado não
A cerca havia
Via que há
Como o gato no telhado chegava?
Como descia?
Só, a Maria assim pensava
Enquanto os lamentos de Juvenal soavam
Cerca mal amada
Enquanto a chuva não vinha
E a noite era grande
Maria então, atrás da cerca de metal
Não mais escolheu estar
Pulou a cerca Maria?
Feriu o metal Juvenal?
Pode ser...
mas gosto de pensar que
No telhado próxima a liberdade do gato
Dormira Maria a estrelas contar.
Anagrama?

domingo, 2 de dezembro de 2007

Um dia depois de uma sexta-feira


Sábado não é um dia de acordar cedo, mesmo assim, vou.
Lá é um lugar onde as pessoas querem aprender a música que fica dentro do violino, ensino.
Motoristas tranquilos, "olá, como vai? não veio sábado passado?", não no passado.
Depois
Motorista "estressado", foi o eco que ficou zuando após uma reclamação de janela. Que foi seguida de outra, "acordo às 4 da manhã (mesmo assim, vai), chego às 16 em casa, bla bla bla, os motoristas de Curitiba são os piores, disse o outro que não estava no eco (Mas será que ele ofendeu o que acorda tão cedo? e os tranquilos lá de trás?), talvez.
Ensaio bom, amanhã vamos, lá é um lugar onde as pessoas vão nos assistir de curiosidade, mostraremos.
De volta pra casa no horário sagrado do motorista, sábado não é um dia de almoçar no horário, fome.
Depois
Ensaio pouco nervoso, agora vamos, lá é um lugar onde a família e amigos foram nos ver e ouvir, cantamos e tocamos felizes.
Da igreja pro saci, dicotomia bem resolvida, com risos e papos batidos.
Sábado não é um dia de voltar pra casa, fico então na da Gigi.
Após infinitas crises de risos (só porque ninguém lembrou o nome da namorada de uma amigo...) , durmo "daí".
E já é tudo passado.