
Para quem come arco-íris
Pintou as mãos de vermelho e saiu carimbando por aí,
nem viu que horas eram e nem quem foram os que a marca levaram
fora tão rápido que alguns nem perceberam, fora tão rápido quanto os cortes de quadros da tv
não perceberam, apenas olharam, olhem, olharam e nem viram, nem se lembrarão
Desbotou a mão do vermelho e voltou apagando por lá, já viu as horas e não conseguiu se lembrar por onde foi, só que voltava
e que tinha os pés do chão
Tinha medo e saudade
Coragem e segredos
e uma ficha de orelhão.