quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Descrição brusco-fusco de Trim tae undo om Ze

noite sinistra...
não tínhamos fantasias, ninguem nos reconheceu
teve o medo da chuva que ficaria mais cara na hora, mas não caiu
centímetros mentirosos sob nossos pés, vê-se uma ex-janela decepcionada pela sua nova
condição de parede, pulamos metros então
gêneros separados
guarda-chuva não entra
-"não vou encontrar uma carteira de cigarro aí?!!???" Não???
não vi os cigarros, nem aquele que fuma, estava com outra tribo, melhor(?) assim evita-se
um elo perigoso
outros sem fantasias, alguns de máscaras, sorrisos familiares, música então.
Faltou-me verticalidade,
horizonte de cabeças impediram-me de ver o som,
ouvidos pra que te quero?
silêncio
contaminação com fluído fosforecente, medo da morte
barulho de ir pra casa, mas era a hora do limbo
horas de vácuo...
o trem não passou, tangos e tragédias, passou depois e não parou,
cara de tacho
Uma carroagem miragem, levou-nos, dissolveu-se logo, caminhada noturna de volta pro início
Que brincadeira toda é essa hein? só pode ser, porque teve choro de riso...
À vista os cavalheiros, que não enfrentaram as horas vagas, chegaram na partida e nos
trouxeram de volta ao mundo dos sons, minutos antes da abóbora que estava sendo evitada
assumir sua forma
mais uma carroagem
meninas cansadas com sensações de irresolvemento dormem então.

Um comentário:

Unknown disse...

é verdade... eu também me lembro.