sexta-feira, 7 de março de 2008

e que as pessoas não tenham mais medo de que sua luz ofusque os outros, e que todos podem brilhar além das medidas. Amém

Poucas coisas me fizeram triste nesses últimos meses, talvez nenhuma frustração. Acho que pela dose de auto e mútuo respeito que aumentei em minhas escolhas diárias. Mas hoje, algo me incomodou, e é algo que parece ser um tal de "é assim mesmo"...

Muitas pessoas não se vêem de verdade, enxergam o que um primeira impressão marcou como moldura, e se nesse instante quem viu estava num momento de pouca sensibilidade, é insucesso na quase certa. Precisa de muito querer ouvir pra poder ver melhor. Quando o ego e os hormônios estão soberanos em certas fases do instante-já (como diria Clarice), a percepção de quem realmente somos perde-se com qualquer brisa que passe por ali.
Penso que temos um poder maravilhoso, que é o de sentir o que vem antes das palavras, o que quer ser dito e assim também dizer, se for preciso. Tantas barreiras existem e infelizmente ainda criamos mais por puro medo de não darmos conta de cuidar da nossa própria vida, e com esse pensamento, os outros são apenas os outros e se for um pensamento mais angustiante, o inferno são os outros, né Sartre.

Das milhares de vezes que alguém perguntou: oi, tudo bem? quantas será que quiseram mesmo dizer: estou interessado em saber como as coisas estão pra vc. Quantas vezes percebemos que quem senta-se no nosso lado no ônibus de cada dia, é outra pessoa com eu e não apenas um figurante na minha história? Gostaria hoje que os sorrisos fossem mais sinceros e mais fáceis de vê-los doados por toda parte.

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